Celso Vieira Vilela
Celso Vieira Vilela em reunião pela emancipação de Heliodora MG
Um grande empreendedor
Em 07/10/1913 nascia aquele que seria, indubitavelmente, o mais ilustre cidadão Heliodorense CELSO VIEIRA VILELA. Sua vida política foi iniciada na luta pela Emancipação de Heliodora. Foi uma luta titânica, onde Celso e seus companheiros saíram vitoriosos. No dia 27/12/1948, pela Lei Estadual nº 843 Heliodora se tornava Município e, logo depois, por interesses políticos, teve seu nome mudado para Senador Lemos. Celso, eleito o primeiro prefeito do recém-criado município, capitaneou nova luta - a volta do antigo nome. Venceu novamente. Nossa cidade voltou a chamar-se Heliodora (presente do sol). Como prefeito, desenvolveu intensa atividade para dotar o município de uma infra-estrutura mínima, necessária ao seu desenvolvimento. Calçou e iluminou ruas, plantou árvores, abriu estradas vicinais, numa época em que pás e enxadões eram as ferramentas principais. Exerceu por três vezes o poder executivo e nunca se descolou dos pilares básicos de uma sociedade saudável: Saúde e Educação. Via no ensino o futuro do município: construiu o Grupo Escolar, fundou e construiu, em parceria com o CNEC, o Ginásio. Construiu o Hospital que, posteriormente foi doado a cúria. Expandiu a distribuição de água e construiu o sistema de esgoto. Dotou a cidade de um tosco Sistema de Telefonia, através de um acordo Sui-generis com o Sr. José Capistrano de Alkimin. Espírito pioneiro visionário desenvolveu na sua vida privada intensa atividade. Trouxe para Heliodora a primeira oficina mecânica, o primeiro posto de gasolina e a primeira indústria. Homem incansável e aguerrido foi industrial, comerciante, produtor rural e pecuarista. Como todo utópico (qualidade hoje tão em vaga no mundo corporativo), nunca perdeu de vista os anseios dos munícipes. Sempre que faltava algo na cidade, que dificultava a vida da população, Celso Vieira Vilela tratava de implantar (serraria, máquina de arroz e hotel). Se não fazia, ajudava alguém a fazer. Para ele o importante era que o problema fosse resolvido e a população atendida. O pequeno produtor não podia sentir – se desamparado.
Cidadão de atitude às vezes rude foi um grande humanista. Fez da solidariedade sua característica marcante. Nunca se furtou ao auxiliar quem enfrentasse o problema, fosse este qual fosse: uma doença, a necessidade de equipamento, a dificuldade de arcar com o estudo de um filho, ou mesmo um aval para realizar um negócio. Todos sabiam que podiam contar com Celso Vieira.
Homem de prole numerosa criou todos os filhos com amor e dedicação, mesmo nos momentos mais adversos, que não foram poucos em sua vida. Não descuidou dos estudos dos filhos. Formaram todos e os preparou para os ditames da vida.
Este gigante nos deixou em 17/03/1992
Texto extraído da revista de comemoração dos 50 anos de Heliodora 1948 – 1998. Pagina 37.